Em 2011, o segmento movimentou R$ 32 bilhões e empregou 1,6
milhões de pessoas
O setor de serviços de limpeza e conservação está em constante
crescimento. Somente no ano de 2011, em todo o país, o segmento movimentou uma
média de R$ 32 bilhões. Conforme levantamento inédito feito pela Federação
Nacional das Empresas de Serviços e Limpeza Ambiental (Febrac), 1,6 milhões de
pessoas trabalham formalmente com a coleta de lixo realizada por pouco mais de
13 mil empresas distribuídas em todo o país.
Mesmo com todo este percentual de trabalhadores, no
Brasil apenas 10% do lixo produzido, cerca de 125.281 toneladas diárias, é
destinado aos aterros sanitários, 13% são dispensados em aterros controlados e
76% são encaminhados a lugares a céu aberto. É o que revela dados da Pesquisa
Nacional de Saneamento Básico feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE)
Reedição da pesquisa Força do Setor, a publicação deste
ano faz um comparativo com os números de 2005 e aponta um crescimento expressivo
de 19% no número de empresas, 5% na quantidade de trabalhadores, 17,5% no
faturamento e 34,3% na massa salarial paga pelo setor.
Conforme o estudo, o mercado cresce 10% anualmente e a
expectativa para este ano é de 12,5%. Segundo a superintendente da Febrac,
Cristiane Oliveira, a terceirização de serviços é uma tendencia brasileira. “O
setor de serviços como um todo tem crescido e a terceirização é um crescimento
sem volta. A nossa pesquisa está regionalizada e o Sudeste é a região que
congrega o maior numero de empresas. O Centro-Oeste detém apenas 8% do
percentual”, diz a superintendente.
De acordo com Cristiane, mesmo com a grandiosidade do
setor, falta políticas públicas que melhorem a condição dos trabalhadores.
“Nossos empregados normalmente são de baixa escolaridade, os chamados da base da
pirâmide. Então, de modo geral, a terceirização é desenvolvida por um grupo de
pessoas que tem dificuldades para conseguir emprego. Vemos que o governo ao
legislar não olha para o as pessoas que trabalham com terceirização e não dá
capacitação. É preciso muito mais”, reivindica.
Corrupção - A coleta de lixo no
Distrito Federal é alvo de investigações desde a gestão do governador Joaquim
Roriz, no ano 2000, quando a Qualix assumiu o serviço por meio de contratos
renovados repetidas vezes sem licitação. A partir daí, em novembro de 2006, o
Tribunal de Contas do DF apontou irregularidades e iniciou-se uma investigação
em que documentos apontavam indícios de superfaturamento de aproximadamente R$
125 milhões. Mesmo sendo alvo de processo, por liberação do então
procurador-geral do DF, Leonardo Bandarra, a Qualix teve mais uma vez o contrato
renovado, ficando no comando do lixo do DF por seis anos.
Na gestão do ex-governador José Roberto Arruda, em 2007, houve um processo licitatório em que a Delta Construções S.A. saiu como vencedora, contudo, por falta de documentação necessária foi desclassificada e as empresas que ficaram em segundo e terceiro lugares assumiram a coleta de lixo. Somente em outubro de 2010, em meio à Operação Caixa de Pandora, a justiça decidiu que a Delta deveria assumir os serviços.
Na tentativa de otimizar o recolhimento dos resíduos, em dezembro de 2010, a coleta local foi dividida em três grandes lotes, ficando um lote de 30% com a Valor Ambiental e outros dois de 70% com a Delta que, mesmo sendo detentora de todo este percentual, ao assumir o serviço, tinha apenas 1,2 mil garis, que representam menos da metade do que era necessário.
Agora, com envolvimento no caso do bicheiro Carlinhos Cachoeira, a Delta teve seus contratos, que somam R$ 470 milhões, cancelados pelo GDF. Diante do vácuo que ficou na coleta, a empresa Valor Ambiental, que já realiza parte dos serviços no DF juntamente com a Sustentare (antiga Qualix) deverão assumir os percursos e serviços antes oferecidos pela Delta.
Na gestão do ex-governador José Roberto Arruda, em 2007, houve um processo licitatório em que a Delta Construções S.A. saiu como vencedora, contudo, por falta de documentação necessária foi desclassificada e as empresas que ficaram em segundo e terceiro lugares assumiram a coleta de lixo. Somente em outubro de 2010, em meio à Operação Caixa de Pandora, a justiça decidiu que a Delta deveria assumir os serviços.
Na tentativa de otimizar o recolhimento dos resíduos, em dezembro de 2010, a coleta local foi dividida em três grandes lotes, ficando um lote de 30% com a Valor Ambiental e outros dois de 70% com a Delta que, mesmo sendo detentora de todo este percentual, ao assumir o serviço, tinha apenas 1,2 mil garis, que representam menos da metade do que era necessário.
Agora, com envolvimento no caso do bicheiro Carlinhos Cachoeira, a Delta teve seus contratos, que somam R$ 470 milhões, cancelados pelo GDF. Diante do vácuo que ficou na coleta, a empresa Valor Ambiental, que já realiza parte dos serviços no DF juntamente com a Sustentare (antiga Qualix) deverão assumir os percursos e serviços antes oferecidos pela Delta.
Fonte: Jornal Alô Brasília
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