Justiça pronta para se pronunciar sobre dívida milionária do PT

terça-feira, 24 de julho de 2012


  • Dimas Thomas durante um trabalho no litoral paulista: mudanças na maré?

    Após pouco mais seis anos anos de luta, dois deles na Justiça, está para sair a sentença de um processo que tira as noites de sono da petista Arlete Sampaio e de "caciques" do Partido dos Trabalhadores. O publicitário Dimas Thomas, dono da produtora TV Mais, acusa a  chapa petista de 2006 ao Buriti de dar um calote milionário na agência de comunicação dele, responsável pela publicidade da coligação "União por Brasília", que tinha também o hoje governador Agnelo Queiroz (PT) como candidato ao Senado Federal. ...

    Cálculos superficiais estimam a dívida hoje em aproximadamente R$ 4 milhões, com juros e correção monetária. De acordo com o publicitário, ele teve de se desfazer de parte do patrimônio da família - dois imóveis em São Paulo - para  cobrir a folha de pagamento dos profissionais envolvidos na campanha. Em sua argumentação, o autor afirma que apenas 15% do total do valor foi pago pela coligação encabeçada pelo Partido dos Trabalhadores. O processo corre na 1ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios desde 2010 e tem como réu os diretórios regional e  nacional do PT e a hoje deputada petista Arlete Sampaio, então candidata ao Buriti, que responde solidariamente ao processo.

    Um fato curioso marcou as negociações entre os petistas e o publicitário. Após ser notificado pela Justiça, o então presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, solicitou ao hoje presidente regional do partido, Roberto Policarpo, que agendasse um encontro com o marqueteiro. Dimas afirma que durante a reunião o hoje deputado federal Paulo Tadeu teria reconhecido a dívida e solicitado à direção regional da sigla que honrasse o compromisso. Foi então que Policarpo pediu ao publicitário duas semanas para resolver a questão, mas nada aconteceu. O marqueteiro possui a  gravação do encontro, que foi testemunhado também por um empresário.

    De um lado, o advogado do PT afirma que como não houve contrato formal, não há que se pagar nada. No entanto, o argumento é contestado pelo marqueteiro. "Fizemos campanhas do hoje senador Cristovam Buarque ao Buriti em contato direto com Swerdenberger Barbosa [hoje secretário chefe da Casa Civil do GDF] e ele honrou cada centavo do acerto, mesmo sem contrato", rebate o publicitário. "Isso é uma questão de caráter", reforça.

    Dimas Thomas denuncia ainda sofrer perseguição do Partido dos Trabalhadores, tanto nacional quanto local. "Desde que ingressei com a ação na Justiça, curiosamente não consegui mais nenhum trabalho nas agências que prestam serviço ao governo federal e local. Tenho preço competitivo e somos conhecidos no mercado publicitário pelos nossos trabalhos. Não dá para se falar em coincidência desse tipo", descarta ele.

    (Acesse aqui a tramitação completa do processo).

    Fonte: Blog do sombra - 24/07/2012

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