Polícia Militar do DF sem viaturas

sexta-feira, 20 de julho de 2012


 Tabela feita pelo Tribunal de Contas aponta que preços listados em edital da PMDF estão muito acima dos de mercado (Foto: TCDF / Reprodução)

Reportagem do DFTV mostrou nesta quinta-feira (19) que metade da frota de viaturas da Polícia Militar está parada por falta de manutenção. Ao todo, são 1.186 veículos que não estão sendo usados no policiamento. A corporação informou que 800 carros e motos já são considerados sucata.

De acordo com informações do DFTV, de janeiro até junho deste ano, 124 ocorrências deixaram de ser atendidas porque a polícia não tinha carro para ir até o local.

O total representa 40% a mais que no primeiro semestre do ano passado. Em 2011, foram 88 ocorrências não atendidas por falta de viatura.

Na semana passada, o Tribunal de Contas do DF suspendeu cautelarmente o pregão presencial para a contratação de serviços de manutenção em veículos da frota da PM.

Auditores do tribunal apontaram indícios de irregularidades na pesquisa de preços que consta no edital, no critério de julgamento e na metodologia de execução do contrato.

Orçado em cerca de R$ 6 milhões, o edital suspenso define que a empresa vencedora terá que fazer manutenção preventiva e corretiva dos veículos da frota da PM que estão fora do período de garantia. O texto define ainda que a empresa terá que utilizar peças e acessórios de qualidade igual e ou superior às originais.

Os auditores também verificaram que, das quatro empresas consultadas para a elaboração da planilha de custos, duas apresentaram preços idênticos em todos os itens. De acordo com o Tribunal de Contas, isso inviabilizaria a utilização dos preços fornecidos por elas na pesquisa utilizada como referência.
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A assessoria do Tribunal de Contas informou que a licitação está suspensa até que a Polícia Militar refaça o edital. O novo texto será avaliado pela corte.

“Para sanar a irregularidade, de forma a garantir que os preços de peças estimados pela PMDF de fato reflitam a realidade do mercado e atendam ao interesse público, deve ser determinado à unidade que refaça as pesquisas de preços constantes no processo sob análise, consultando relação mais ampla de fornecedores, de preferência em lojas de venda de peças e não em oficinas mecânicas”, definiu o conselheiro que analisou o caso, Inácio Magalhães Filho.

Nesta quinta, o comando da PM explicou que os preços foram informados oficialmente por cinco concessionárias e que já entregou a documentação ao tribunal para correção
Fonte: G1/DF

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