Quando da formação do atual governo coube a deputada distrital Arlete Sampaio (PT) a pior das missões: substituir a também deputada e então amiga Eliana Pedrosa (PSD) a frente da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedest) depois de três anos de sucesso com vários projetos sociais de visibilidade e reconhecimento da população. Tal situação até deixou a parlamentar do PSD cacifada para voos mais altos nas próximas eleições.
A petista Arlete Sampaio esperava repetir o sucesso da antecessora e obter tamanha popularidade junto às classes menos favorecidas do DF. Só que esbarrou em algumas barreiras, a disposição de Eliana em andar de domingo a domingo visitando cidades e pessoas obstinadamente, vendo in-loco suas necessidades e qualidade de suas equipes.
Não se pode esquecer que Arlete tem mais o perfil de gabinete e de mídia. Além do mais, a falta de projetos do GDF para área Social terminou contribuindo de forma definitiva para o fracasso de sua gestão. E mais: a montagem de sua equipe privilegiou jornalistas e advogados a técnicos causando certa paralisia na maquina administrativa e desmotivação, inclusive dos servidores de carreira.
Insatisfeita com seus números à frente da pasta, Arlete buscou uma saída mais fácil: fazer oposição ao passado sem cuidar de projetos para o presente. Perdeu tempo acionando a máquina de advogados com o intuito de encontrar ou mesmo tentar criar furos a gestão anterior. Buscou junto aos amigos da transparência e do MP alguma ação para desacreditar o trabalho anterior.
Só que até agora nada conseguiu. Dentro de tal lógcia, colocou seus nomeados jornalistas para trabalhar na difusão de qualquer ato como grandioso e se referindo ao passado com menosprezo.
O fato concreto é que social caminhou para traz no governo de Agnelo Queiroz, mesmo Arlete tendo saído da segunda posição no Ministério do Desenvolvimento Social e com garantias infinitas de recursos federais para o setor. O fracasso de sua gestão – reconhecido até mesmo por petistas - motivou sua volta a Câmara Legislativa, onde espera ao menos no discurso confrontar sua ex-amiga e trabalhar na construção de novos factoides.
De seu lado, a deputado distrital Eliana Pedrosa (PSD) não emitiu qualquer opinião sobre a atual administração e assiste calada aos infrutíferos ataques maquinados na orbe petista. Talvez esperando o momento certo para reagir ao melhor estilo de sua terra natal, mineiramente.
Certo é que essa “guerra” está só começando. As armas e a munição gastas contra o passado, mesmo as mais secretas, já chegaram ao conhecimento da oposição. Agora é esperar para ver a reação de Eliana. Pelo andar da carruagem deve ser como anda sendo: desprezo a politicagem mesquinha e pequena. Eliana descobriu que briga para seu tamanho é com gente maior e não com aqueles que ficaram pelo caminho da história com o reconhecido e nítido fracasso político e administrativo.
Fonte: Radio Corredor
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