Abrantes: “o processo deveria ser mais democrático” (Foto: Fabio  Rivas/CLDF)
O deputado Cláudio Abrantes (PPS) denunciou na  sessão ordinária de ontem(9) o processo de indicação do novo diretor da Polícia  Civil pelo governador Agnelo Queiroz. “Eu não conheço o Dr. Jorge Xavier, mas o  respeito por ser companheiro de trabalho. O processo de escolha deveria ser mais  democrático, dentro da categoria. A manifestação de 200 delegados da polícia não  representa o universo de cerca de cinco mil policiais, incluindo agentes e  escrivães, além dos que já se aposentaram”, criticou o parlamentar, que é agente  da Polícia Civil licenciado.
Ao comentar a crise na Polícia Civil envolvendo a  gravação com o depoimento do ex-diretor Onofre Moraes, Abrantes disse que o  desfecho mostrou-se “desastroso”. E enfatizou que os policiais ainda estão “em  ebulição”. O distrital disse que também os outros dois deputados distritais, Dr.  Michel (PSL) e Wellington Luiz (PPL), não foram consultados pelo governador no  processo de escolha do novo diretor. “Dos três distritais policiais, eu sou o de  história mais modesta. Eles deveriam ser ouvidos, pela história em defesa da  corporação”, defendeu Abrantes.
Convocação -  Ao  comentar o  depoimento de Abrantes, a deputada Celina Leão (PSD) disse que acompanha a crise  na Polícia Civil “com preocupação”. Ela anunciou aos colegas que, na próxima  sessão ordinária, levará um requerimento ao plenário propondo a convocação do  ex-diretor da Polícia Civil, Onofre Moraes. “O momento é delicado, pois um   delegado não poderia dizer que o governador deveria sair preso de camburão.  Quero ver aqui quem vai ser contra ou a favor da convocação para o  esclarecimento desse fato grave”, desafiou Celina.
Em aparte, o deputado Chico Vigilante, líder do  bloco (PT/PRB) afirmou que os deputados não podem contrariar o que dispõe a  Constituição, a Lei Orgânica e o Regimento Interno da Câmara Legislativa. “O Dr.  Onofre é ex-diretor. E, portanto, não pode ser convocado”, enfatizou, ao  sustentar que não há crise na Polícia Civil. Já a deputada Liliane Roriz (PSD)  destacou a importância de que o episódio da gravação do ex-diretor Onofre Moraes  seja apurado. Mas fez a ressalva de que a imagem da instituição da polícia “deve  ser preservada”.
 
 
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