Vigilante repudia interdição de UPA de Samambaia

O deputado Chico Vigilante (foto) repudiou a atitude do Conselho Regional de Medicina (CRM) que interditou a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Samambaia sob a alegação de “interdição ética”, obrigando dezenas de pessoas que dependem do atendimento a procurarem o hospital de Samambaia, o de Taguatinga, de Ceilândia e até o de Base, na madrugada desta terça-feira e durante todo o dia. Sendo que o papel da UPA é exatamente o de desafogar o pronto -socorro dos hospitais e da mais celeridade ao atendimento da população. Durante o comunicado de líderes, na sessão ordinária desta terça-feira (14), Vigilante ressaltou que ficou espantado ao assistir a uma entrevista do presidente do CRM na manhã de hoje, quando ele disse que interditou “eticamente a UPA”.

“Fui verificar a questão dos poderes e o papel do CRM é o de fiscalizar a profissão. A postura do presidente do CRM ao falar como se tanto faz fechar ou não fechar a UPA demonstra até falta de apreço pela população, a parte mais interessada no pleno funcionamento da Unidade”, destacou Chico.

O deputado levantou ainda o seguinte questionamento: “Fico me perguntando por que o CRM não teve a mesma presteza para investigar o hospital Santa Lúcia quando do ocorrido com o secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvanier Ferreira?”, observou Vigilante.

O parlamentar reclama que houve uma espécie de boicote na escala para os profissionais trabalharem na UPA.  Por conta disso, segundo o parlamentar, o secretário de Saúde, Rafael Barboza, passou a gestão para o Samu. “Foi por isso que na hora da escalação foi aquela gritaria toda”, comentou Vigilante.

O parlamentar destacou também que conversou com secretário adjunto de Saúde do DF e com o secretário Rafael Barboza, que está em Maceió cuidando do pai dele, que é bem velinho e está enfermo com a perna quebrada. E ele me disse o seguinte: “Nada vai deter o GDF de prestar atendimento na saúde pública à altura do que a população merece”.  Vigilante também destacou a nota de repúdio do Conselho de Saúde do DF à atitude do CRM de interditar a UPA.

O deputado Dr. Charles, Arlete Sampaio e Washnigton Mesquita, em questão de ordem apoiaram o pronunciamento do parlamentar. Dr Charles ressaltou que o deputado Chico Vigilante tocou no que chamou de “ponto nevrálgico” e ressaltou que a medida atinge em cheio a população “carente” de Samambaia. Arlete Sampaio, destacou que os médicos devem primar pela saúde de qualidade à população, alertando que o SUS prevê a falta de atendimento como negligência médica, e rechaçou a atitude do CRM. Já Washington Mesquita questionou: Tomei conhecimento do fato e fiquei estarrecido. Citou o exemplo bem sucedido das UPAs em São Paulo e questionou: “será que o CRM  não tem outras atribuições?”.