PT quer tirar bandeira da educação de Cristovam

domingo, 4 de março de 2012


Wilson Silvestre, Jornal Opção

A esquerda brasileira ainda vive no passado e não conseguiu se libertar da síndrome de que o Estado pode tudo. Quando chegam ao poder, tentam de todas as formas e meios fincar sua bandeira de privilégios e usufruir de benesses que antes condenavam. Se alguém ou uma entidade criticá-los, será execrado como “reacionário, direitista e inimigo do povo”. Não poupam nem mesmo antigos “companheiros” que os ajudaram a conquistar o tão sonhado poder. Exemplos é o que não faltam para ilustrar, que o diga o senador Cristovam Buarque (PDT). Bastou ele se rebelar contra a ofensiva petista na educação e, posteriormente, se declarar candidato ao Buriti em 2014, para que, silenciosamente, começassem a desconstruí-lo não como educador, mas como líder de uma causa que o projetou politicamente no Brasil e no exterior.
Até as pedras sabem que o forte do PT são os sindicatos e os sindicalistas aboletados nos cargos públicos nas esferas municipal, estadual e federal. No governo do Distrito Federal então, não existe reunião, ou festa que os sindicatos ou sindicalistas de plantão não apareçam para deitar falação, ora defendendo os governos com loas de que só eles fizeram e fazem alguma coisa pelo País. Este pessoal azucrina a vida de quem realmente produz e trabalha, pagando impostos cada vez mais arrochados e lutam para que os filhos tenham uma vida melhor, principalmente na educação, bandeira que o senador Cristovam Buarque empunha há décadas. Agora, ele já não serve aos propósitos petistas por ter feito críticas ao modelo educacional que Agnelo tenta implantar na rede pública de educação do DF.

Na semana passada, Cristovam fez um desabafo para o jornalista Eduardo Brito, no “Jornal de Brasília”, sobre a campanha de antigos ex-companheiros petistas para marcá-lo como ficha suja por causa de uma condenação da Justiça, quando era governador do DF pelo PT.

A ofensiva para diminuir os protestos de Cristovam veio pela iniciativa de um ex-companheiro, deputado distrital Wasny de Roure, que teve seu projeto de Emenda à Lei Orgânica 33/2011 aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), da Câmara Legislativa. No texto, são destinados 25% dos impostos arrecadados para a educação básica e 3%, para o ensino superior público. Com isso, Cristovam, que já declarou ser candidato em 2014 contra Agnelo Queiroz ou qualquer outro petista, entrou na alça de mira dos ideólogos do Buriti.

O senador já procurou a deputada Arlete Sampaio entre outros petistas históricos e que participaram de sua gestão, para reafirmar a intenção de ser candidato. Pode ser que dê certo, embora observadores da cena política duvidem que este projeto caminhe até 2014, já que Cristovam pode ser barrado pelo PDT nacional, que anda se derretendo de amores pela presidente Dilma Rousseff, a chance de incomodar Agnelo anima o senador. Para ele, haverá no DF dois blocos no PT: a nação petista e o estado petista. O primeiro bloco certamente será o mais simpático ao discurso de mudanças que beneficie todos, e não só os que estão empoleirados no poder. O segundo grupo vai tentar manter o status quo como nos velhos tempos do getulismo, em que o velho PTB agasalhou os pelegos sindicalistas por longos anos. A expressão “pelego” foi massificada pelos próprios petistas antes de alcançar o poder.

Um comentário:

  1. Curioso como o raciocínio do jornalista coincide com o meu Esse dissimulado Senador, começa a mostrar que realmente ele é e sempre foi um dissimulado travestido de professor. Enganador com sua figura pequena que tenta suavemente iludir com sua grandiloquência e sotaque de nordestino humilde, só agora começam a pipocar suas negociatas e erros, ele que sequer anda pela periferia após as eleições, para vivenciar os problemas de seus eleitores especialmente das escolas públicas quebradas, aos pedaços, cheias de ratos, com crianças calçando a metade de um chinelo para ir as aulas, em um governo que não aplica 10% do PIB em educação. É um burocrata, senador de gabinete e de uma bandeira só e que agora lhe será tomada. Este senhor sequer voltou a passeio aqui em minha cidade, Samambaia na periferia da grande capital do país, após as últimas aulas. Certamente por medo das cobranças, ao ver o estado bisonho de escolas como as que meus filhos estudam, e que eu já mostrei em toda a mídia do DF. As fotos do senhor CRISTOVAM andando e pedindo votos por aqui em 2010 serão um excelente argumento que mostrarei as pessoas contra ele em 2014, que já está chegando. Pobre Brizola! Um grande líder que choraria se pudesse ao ver o outrora glorioso PDT, sugado e depredado por múmias políticas com este senhor, e outros "lupis" da vida.

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