Com a prerrogativa aberta pelo governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), que compareceu à CPI do Cachoeira de forma espontânea e se colocou à disposição dos parlamentares para prestar depoimentos, a situação ficou mais complicada para os governadores Agnelo Queiroz (PT), do Distrito Federal, e Sérgio Cabral (PMDB), do Rio de Janeiro.
Marconi foi o governador que mais mais orbitou nas operações policiais que investigavam as relações do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Cachoeira, com políticos e autoridades brasileiras. Com o gesto corajoso, o tucano deixou a bancada de oposição da Câmara e do Senado à vontade para cobrar esclarecimentos dos outros dois chefes de Executivo.
Cabral, por não ter sido citado nas gravações do esquema de Cachoeira, não será tão cobrado. Mas Agnelo tem a facilidade de seguir o gesto de Perillo. Um, porque ele se diz inocente. Dois, porque tem o apoio em peso dos governistas e companheiros no Congresso Nacional, que são maioria na CPI. E três porque ele sabe que o Palácio do Buriti fica a pouco menos de 10 quilômetros da Praça dos Três Poderes.
 Diferente de Marconi e Cabral, para Agnelo seria apenas um pulinho.
Fonte: Portal Edson Sombra- 30/05/2012