por José Seabra
Senador não imaginava que suas estripulias estavam sendo monitoradas pelo PT do governador
A ação de uma máfia que age sorrateiramente para derrubar o governador
Agnelo Queiroz (como aponta em seu blog o porta-voz do Palácio do Buriti Ugo
Braga) foi intensificada em janeiro, quando o senador Demóstenes Torres (sem
partido, GO) submeteu-se a uma cirurgia para redução de estômago.
O agora identificado braço-direito do contraventor Carlinhos Cachoeira urdiu uma estratégia inspirada no jogo sujo dos mafiosos. Demóstenes instalou uma linha telefônica direta no quarto que ocupava no hospital e mandou que emissários entregassem o número a Agnelo. Seguiu-se um recado: o senador precisava falar com o governador.
A idéia da máfia encabeçada pelo bicheiro e que tem no senador um mero laranja, era fazer o governador telefonar três, quatro, cinco e até dez vezes. A diferença é que Demóstenes não atenderia as chamadas. Depois, da tribuna do Senado, denunciaria o suposto assédio de Agnelo, sem entrar em maiores detalhes. A prova seria incontestável. Inúmeros telefonemas não atendidos.
Mas o senador goiano não contava com informações de posse do Palácio do Buriti, de que Demóstenes – virtual e potencial candidato à prefeitura de Goiânia – estava sendo monitorado pela Polícia Federal, que buscava as origens de um repentino crescimento do patrimônio do parlamentar. Advertido por sua equipe de informações, Agnelo simplesmente ignorou o número do telefone.
A partir daí, e atendendo ordens expressas de Carlinhos Cachoeira, o senador Demóstenes Torres deflagrou o processo para tentar desestabilizar o governador Agnelo Queiroz. A chantagem tinha apenas um objetivo: reajustar os valores que o Governo do Distrito Federal paga à Delta Engenharia pelos serviços de limpeza urbana.
Só para recordar: uma sindicância reservada a que Notibras teve acesso e postou neste espaço há alguns dias, a Delta fatura aqui uma média de 40% menos do que recebe de outros governos.
Repórter investigativo, não é por estar ocupando um cargo na equipe de Agnelo Queiroz que o jornalista Ugo Braga deixa de cair em campo e fuçar informações. O porta-voz costuma fazer isso nas horas vagas. E escreve o que descobre. Como fez nesta quinta-feira 10, revelando novas escutas telefônicas gravadas pela Polícia Federal.
Em seu blog, Ugo deixa claro que Cachoeira e toda a sua gangue agiam para derrubar Agnelo e colocar na cadeira do governador o vice Tadeu Filippelli. Mas o que se traduz numa leitura superficial das postagens do blogueiro, é que o tiro dado pela máfia saiu pela culatra. Tanto – como recorda o porta-voz – que Agnelo continua governador, Filippelli vice e a gangue está presa – exceção de Demóstenes, prestes a ter seu mandato cassado.
O que o porta-voz não escreveu – talvez por não dispor das informações – é que, se não havia uma estreita ligação de Tadeu Filippelli com a máfia de Cachoeira, com certeza gente graúda do PMDB – comandado em Brasília pelo vice-governador – tem vínculos próximos com a máfia do bicho que faz feder cada vez mais o lixo da capital da República.
No auge da formação do governo, Agnelo Queiroz foi pressionado pelo PMDB a nomear para a chefia do Serviço de Limpeza Urbana o coronel da Polícia Militar Paulo José Barbosa de Abreu. Vendo a indicação frustrada, o partido passou a defender o cargo de Diretor de Operações. Diante de tanto interesse, o coronel passou por um pente-fino. E foi definitivamente vetado.
Ao descartar o coronel, o governador não sabia que estava declarando guerra a Carlinhos Cachoeira e ao seu grupo. Foi a senha para os ataques de Demóstenes, alicerçado não necessariamente por correligionários do Democratas. O PMDB entrou na briga contra Agnelo. Sem muito aparecer, é verdade. Mas com gente que, se não tem mandato, circula livremente pela vice-governadoria e pelos tribunais.
Não são meros detalhes. Tudo isso faz parte da guerra surda que se trava pelo poder. Para azar de Demóstenes, o PT soube contra-atacar e criar um grande escudo em torno de Agnelo. Se a armadura do governador é de vidro e pode rachar, só o tempo dirá.
Fonte: NOTIBRAS
O agora identificado braço-direito do contraventor Carlinhos Cachoeira urdiu uma estratégia inspirada no jogo sujo dos mafiosos. Demóstenes instalou uma linha telefônica direta no quarto que ocupava no hospital e mandou que emissários entregassem o número a Agnelo. Seguiu-se um recado: o senador precisava falar com o governador.
A idéia da máfia encabeçada pelo bicheiro e que tem no senador um mero laranja, era fazer o governador telefonar três, quatro, cinco e até dez vezes. A diferença é que Demóstenes não atenderia as chamadas. Depois, da tribuna do Senado, denunciaria o suposto assédio de Agnelo, sem entrar em maiores detalhes. A prova seria incontestável. Inúmeros telefonemas não atendidos.
Mas o senador goiano não contava com informações de posse do Palácio do Buriti, de que Demóstenes – virtual e potencial candidato à prefeitura de Goiânia – estava sendo monitorado pela Polícia Federal, que buscava as origens de um repentino crescimento do patrimônio do parlamentar. Advertido por sua equipe de informações, Agnelo simplesmente ignorou o número do telefone.
A partir daí, e atendendo ordens expressas de Carlinhos Cachoeira, o senador Demóstenes Torres deflagrou o processo para tentar desestabilizar o governador Agnelo Queiroz. A chantagem tinha apenas um objetivo: reajustar os valores que o Governo do Distrito Federal paga à Delta Engenharia pelos serviços de limpeza urbana.
Só para recordar: uma sindicância reservada a que Notibras teve acesso e postou neste espaço há alguns dias, a Delta fatura aqui uma média de 40% menos do que recebe de outros governos.
Repórter investigativo, não é por estar ocupando um cargo na equipe de Agnelo Queiroz que o jornalista Ugo Braga deixa de cair em campo e fuçar informações. O porta-voz costuma fazer isso nas horas vagas. E escreve o que descobre. Como fez nesta quinta-feira 10, revelando novas escutas telefônicas gravadas pela Polícia Federal.
Em seu blog, Ugo deixa claro que Cachoeira e toda a sua gangue agiam para derrubar Agnelo e colocar na cadeira do governador o vice Tadeu Filippelli. Mas o que se traduz numa leitura superficial das postagens do blogueiro, é que o tiro dado pela máfia saiu pela culatra. Tanto – como recorda o porta-voz – que Agnelo continua governador, Filippelli vice e a gangue está presa – exceção de Demóstenes, prestes a ter seu mandato cassado.
O que o porta-voz não escreveu – talvez por não dispor das informações – é que, se não havia uma estreita ligação de Tadeu Filippelli com a máfia de Cachoeira, com certeza gente graúda do PMDB – comandado em Brasília pelo vice-governador – tem vínculos próximos com a máfia do bicho que faz feder cada vez mais o lixo da capital da República.
No auge da formação do governo, Agnelo Queiroz foi pressionado pelo PMDB a nomear para a chefia do Serviço de Limpeza Urbana o coronel da Polícia Militar Paulo José Barbosa de Abreu. Vendo a indicação frustrada, o partido passou a defender o cargo de Diretor de Operações. Diante de tanto interesse, o coronel passou por um pente-fino. E foi definitivamente vetado.
Ao descartar o coronel, o governador não sabia que estava declarando guerra a Carlinhos Cachoeira e ao seu grupo. Foi a senha para os ataques de Demóstenes, alicerçado não necessariamente por correligionários do Democratas. O PMDB entrou na briga contra Agnelo. Sem muito aparecer, é verdade. Mas com gente que, se não tem mandato, circula livremente pela vice-governadoria e pelos tribunais.
Não são meros detalhes. Tudo isso faz parte da guerra surda que se trava pelo poder. Para azar de Demóstenes, o PT soube contra-atacar e criar um grande escudo em torno de Agnelo. Se a armadura do governador é de vidro e pode rachar, só o tempo dirá.
Fonte: NOTIBRAS
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