CPI ouve acusador de Marconi Perillo

quarta-feira, 27 de junho de 2012

  • Jornalista Luiz Carlos Bordoni diz ter sido pago por Cachoeira após prestar serviço de campanha para o governador. Versão é contestada

    O jornalista Luiz Carlos Bordoni, que trabalhou na campanha do governador Marconi Perillo nas eleições de 2010 (Reprodução/SBT)

    Em sua 17ª reunião, a CPI do Cachoeira terá o primeiro depoimento de um acusador - e não de um acusado escorregadio ou de uma testemunha com pouco a dizer, como tem ocorrido até agora. Os parlamentares ouvirão o jornalista Luiz Carlos Bordoni, que prestou serviços para a campanha do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), em 2010, e diz ter sido pago por uma empresa ligada ao contraventor Carlinhos Cachoeira. ...

    A Polícia Federal constatou um depósito de 45 mil reais em nome da Alberto & Pantoja, companhia ligada a Cachoeira, na conta de uma filha de Bordoni. O jornalista diz que os recursos comprovam a existência de um caixa dois na campanha de Perillo, abastecido por recursos de Carlinhos Cachoeira.

    A VEJA, entretanto, a mulher de Cachoeira, Andressa Mendonça, apresentou uma versão que isenta Perillo: segundo ela, Bordoni extorquia Cachoeira, que cedeu às pressões do jornalista. O jornalista teria pressionado o contraventor porque sabia do relacionamento entre ele e uma pessoa que Andressa diz não se lembrar precisamente quem é. “Ele (Bordoni) estava chantageando porque sabia das relações do Carlos com uma outra pessoa”, disse.

    Questionada se a figura em questão é o governador goiano, ela negou: “Não, parece que com o outro”. Ela, no entanto, afirmou não ter certeza se Bordoni tratava do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO).

    Além de Bordoni, a CPI tem em pauta o depoimento de outras duas figuras ligadas a Perillo: Eliane PInheiro, ex-chefe de gabinete do governador, e Jayme Rincón, presidente da Agência de Transportes e Obras (Agetop) do estado. Ambos foram flagrados em conversas telefônicas com o grupo de Cachoeira. A dupla deve se manter em silêncio na CPI. A reunião tem início às 10h15.

    Por Gabriel Castro


    Fonte: Veja.com - 27/06/2012

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