Delegado diz que deve pedir prisão de ex-número 2 do Transporte do DF

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Ex-secretário adjunto de Transportes Júlio Urnau está foragido desde sexta.
Polícia investiga suposto esquema de cobrança de propina na secretaria.

Do G1 DF
O delegado da Divisão Especial de Repressão aos Crimes Contra a Administração Pública (Decap), André Luiz Fonseca Sala, disse na tarde desta segunda-feira (10) que vai pedir a prisão preventiva do ex-secretário adjunto de Transportes Júlio Urnau caso ele não se apresente até esta terça-feira (11).
Urnau está foragido desde a última sexta (7), quando a Polícia Civil do DF deflagrou a Operação Regin, que investiga a suposta cobrança de propina na Secretaria de Transportes em 2008 e 2009. Na manhã desta segunda, José Geraldo de Melo, ex-assessor especial do governo José Roberto Arruda, se entregou à polícia 
Melo já prestou depoimento e está detido na carceragem do Departamento de Polícia Especializada (DPE). De acordo com informações da polícia, o ex-assessor negou ter participado do suposto esquema de cobrança de propina da Cooperativa dos Profissionais do Transporte Alternativo do Gama (Coopatag).

Mais um ex-secretário estaria envolvido
De acordo com o delegado André Luiz Fonseca Sala, o ex-secretário de Transportes Paulo Cesar Barongeno também estaria envolvido no suposto esquema. Barongeno assumiu a Secretaria de Transportes em setembro de 2010 e, de acordo Sala, ficou três meses no cargo.
Na sexta-feira (7) a polícia realizou um mandato de busca e apreensão na casa de Barongeno, mas não há mandato de prisão contra ele. Barongeno teria sido conivente com a transferência irregular de créditos da Cooperativa Brasiliense de Transportes Autônomos Escolares (Coobrataete) para a Coopatag no final de 2010.
De acordo com Sala, após o pagamento de propina de R$ 800 mil por parte da Coopatag para integrar o sistema de transportes do DF já não haviam lotes disponíveis. Para abrir espaço para a cooperativa, o GDF abriu uma sindicância e cassou o lote da Coobrataete.
As duas cooperativas teriam feito um acordo de transferência dos créditos da Coobrataete para a Coopatag. Segundo o delegado que está coordenado o caso, cerca de 25% dos R$ 2 milhões pagos pela Coobrataete para integrar o sistema de transporte público teriam sido utilizado para pagamento de propina.
A transação fez com que a Coopatag deixasse de ser vítima de concussão, extorsão feita por servidor público, para ser investigada por corrupção. Sala informou que o processo de cassação do lote da Coobrataete e a transferência para a cooperativa do Gama ocorreu em 20 dias. “Esse prazo é incomum, um processo não tramita em 20 dias”, afirmou o delegado.
Fraga negou acusações
No sábado (8), o ex-secretário de Transportes Alberto Fraga prestou depoimento na Polícia Civil. Ele foi chamado para tentar explicar a relação que tinha com as cooperativas de transportes do DF. De acordo com o delegado Sala, Fraga negou as acusações e afirmou que não tinha relações pessoais com Urnau.
A polícia também está investigando a participação do ex-governador José Roberto Arrudano suposto esquema. Arruda seria um dos beneficiários, segundoa a polícia. A defesa do ex-governador nega o envolvimento dele com irregularidades.
fonte: g1

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