Eles entram em cena! Estudantes convocam jovens para ato contra corrupção no DF/ dia 12/10

segunda-feira, 10 de outubro de 2011



'Você aí parado também foi roubado', dizem alunos em vídeo na internet.
Segunda Marcha contra Corrupção está marcada para quarta-feira (12).



Alunos de cinco escolas particulares do Distrito Federal se uniram na produção de um vídeo onde protestam contra a corrupção e convocam estudantes do ensino médio a participar da segunda edição da Marcha contra a Corrupção,prevista para a próxima quarta-feira (12), às 9h, na Esplanada dos Ministérios.
“O desejo pela mudança do nosso país, porque eu acho que essa nossa geração tem que mostrar que está presente, que dá valor à política a gente é muitas vezes taxado pelas pessoas mais velhas como uma geração que esqueceu das marchas, esqueceu da política”, afirma Rafael Acioli, de 17 anos. Todo o material foi produzido, filmado e editado pelos estudantes.

Do G1 DF, com informações do DFTV




O MOVIMENTO DOS CARAS PINTADAS




Em 16 de agosto de 1992, milhões de jovens brasileiros tomaram as ruas das capitais com a cara pintada e vestindo roupas negras, como luto contra a corrupção do governo do então presidente do Brasil, Fernando Collor. Aquele domingo, mais tarde, ficaria conhecido como o “domingo negro” e aqueles grupos de jovens que, apesar de distantes clamavam em mesma voz pela justiça e pelo impeachment de Collor, ficaram conhecidos como Caras Pintadas. O movimento estudantil dos Caras Pintadas teve sua primeira reunião em 29 de maio de 1992. E as manifestações públicas aconteceram entre agosto e setembro daquele ano:
Desde a época das Diretas Já (1982-1984), os estudantes brasileiros estavam bem envolvidos com os processos políticos do nosso país. Neste sentido, é possível citar conquistas como o passe livre nos transportes e o direito da meia-entrada em espetáculos culturais. Os processos políticos no nosso país sempre foram temas de debates. Seja pelas ditaduras que passamos ou pelo início de uma democracia bastante questionável. Em relação a estes questionamentos, Fernando Collor talvez seja o maior exemplo de frustração política e distorção de imagem na nossa história.
Fernando Collor de Mello foi eleito em 1989 e tomou posse em 1990. Durante o processo eleitoral, muitas críticas foram feitas por conta da interferência de grandes organizações privadas.  Com o passar do seu mandado, Collor foi bastante questionado por medidas econômicas adotadas como mudança de moeda, criação de impostos (IOF), aumento de tarifas públicas e redução de incentivos. Todas essas medidas ficaram conhecidas como “Plano Collor”.
Um dos eventos considerados o estopim foi  o chamado confisco da poupança, que obrigou todos os cidadãos brasileiros a emprestarem todo o dinheiro que tivessem em suas poupanças que excedesse os Cr$50.000,00. O governo prometia que devolveria o dinheiro emprestado em um prazo mínimo.
A situação ficou fora de controle depois que Pedro Collor de Mello, irmão de Fernando Collor, apresentou diversos documentos que indicavam roubo de dinheiro público, enriquecimento ilícito, tráfico de influência e corrupção. Em entrevista concedida à revista Veja, Pedro Collor citou seu irmão presidente e Paulo César Farias (PC Farias) como cabeças-chave do esquema. O circo estava armado e as entidades civis do país se reuniram para iniciar o “Movimento pela Ética na Política”.
Leia a entrevista concedida por Pedro Collor à Veja na íntegra, aqui.

Veja também a matéria do Jornal Nacional sobre o impeachment e as manifestações populares:

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