Agora a greve é na CEB

quinta-feira, 3 de novembro de 2011
Na onda de paralisações no DF, os funcionários da empresa cruzam os braços a partir desta quinta-feira. Só serviços essenciais e emergenciais serão executados

Os funcionários da Companhia Energética de Brasília (CEB) entram em greve por tempo indeterminado a partir desta quinta-feira (3). A categoria reivindica melhoria do abono salarial, reposição salarial igualitária para todos os níveis da carreira e eleição de um funcionário do quadro para a direção da empresa. Hoje, a diretoria é composta por indicação do governador. A população pode ser prejudicada com a paralisação, já que somente serviços essenciais e emergenciais serão atendidos pelas equipes.

Na semana passada, o Sindicato dos Urbanitários do Distrito Federal (Stiu) rejeitou a proposta de 7,4% de correção salarial, abono salarial de R$2 mil e talão extra de vale-alimentação no valor de R$ 700  apresentada pela CEB. De acordo com o diretor do Stiu, Jeová Pereira de Oliveira, o que foi oferecido é insuficiente para a atual situação dos trabalhadores da empresa. Ele também afirma que a CEB está favorecendo os funcionários de nível superior no reajuste salarial. Pereira diz que um eletricista recebe aumento de menos de 5%, enquanto um economista concursado da empresa ganha 20%.

O diretor de engenharia da CEB, Mauro Martinelli, considera que a proposta não é a que os trabalhadores gostariam, mas é a que se encaixa no orçamento da empresa. Segundo ele, a companhia está com um déficit de R$ 14 milhões mensais, o que dificulta atender às reivindicações da categoria. Ele diz que o sistema de distribuição elétrica está sobrecarregado e precisa ser reformulado. Essa recuperação da rede de abastecimento de energia também pesa nos custos da CEB.

Martinelli e Oliveira ressaltam que a população pode sofrer com as consequências da greve. Ambos destacam que, no período chuvoso, as quedas de energia se tornam mais frequentes e o restabelecimento da energia pode demorar a ocorrer.

Nesta quarta-feira (2), uma mulher de 79 anos morreu porque seu nome não pôde ser incluído na fila de espera do centro de regulações do Hospital de Base. O sistema de internações do hospital estava fora do ar desde uma queda de energia ocorrida na segunda-feira (31). A pane elétrica também atingiu o sistema da Farmácia de Alto Custo.
 
Por Maryna Lacerda_Brasília 247



Fonte: Brasília 247

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