Brasília se destaca entre as metrópoles brasileiras como a primeira em quantidade de controladores eletrônicos de velocidade. Na capital federal, há 658 pardais instalados nas vias distritais — a proporção é de um para cada grupo de 1.873 veículos. Em São Paulo, a maior cidade do Brasil, a relação é bem menor: um para 8.585. Com os 92 novos radares que o Departamento de Estradas de Rodagem instalará nos próximos 90 dias, a proporção do DF se distanciará ainda mais dos outros municípios brasileiros. Alcançará um equipamento para cada 1.644 carros, motos, ônibus e caminhões.
Para comparar Brasília com outras cidades brasileiras como Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Recife, por exemplo, foi necessário considerar as vias de perímetro urbano e as rodovias estaduais que cortam as áreas urbanas. Nas demais localidades, há poucas estradas estaduais internas. No DF, as pistas de maior fluxo são administradas pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER). “Aqui, há uma situação peculiar, porque é cidade e estado ao mesmo tempo. As vias são expressas e sem intervenções, como semáforos e quebra-molas. Por isso, o nosso número acaba sendo maior”, explica o superintendente do DER, Murilo de Melo Santos.
O diretor de Policiamento e Fiscalização de Trânsito do Departamento de Trânsito (Detran), Nelson Leite, acredita que ter o maior número de pardais proporcionais no Brasil indica que o trânsito da capital é um dos mais seguros do país. Mesmo assim, admite que nem sempre a melhoria da via vem antes do radar. “Quando ocorre algum problema, o Detran estuda a melhor saída para aquele local, mas às vezes não dá para começar uma obra. Então, a solução pode ser a mais imediata, como colocar um pardal ou uma passarela”, argumenta.
Em 2011, o DER distribuiu 300 mil multas e arrecadou R$ 30 milhões. É desse total que o contrato com a Engebrás, responsável pela instalação e manutenção dos radares do DF, é pago. “A discussão não deve centrar em quanto o estado arrecada, mas nos números: de 2010 para 2011 tivemos sete vítimas a menos nas vias do DF”, comentou Murilo Santos. O contrato assinado entre o DER e a Engebrás custará aos cofres públicos R$ 7,2 milhões anuais, o dobro do que o órgão gastará nos reparos da EPTG, por exemplo, que serão de R$ 3,6 milhões.
Polêmica
Apesar do argumento oficial de que o investimento aumentará a segurança nas pistas, o alto número de controladores de velocidade, além da aquisição de novos equipamentos, divide a opinião dos especialistas e de motoristas e pedestres (leia Povo fala). O pesquisador associado do Centro Interdisciplinar de Pesquisa em Transporte da Universidade de Brasília (UnB) Flávio Dias defende que apenas o aumento de redutores nas pistas não diminuirá as tragédias.
Para ele, os equipamentos são usados no intuito de corrigir problemas de infraestrutura das vias e não para consertar os erros das pistas. “Veja a EPTG (Estrada Parque Taguatinga). Foi entregue cheia de problemas, e a solução encontrada para diminuir os acidentes foi instalar mais pardais. Essa não deveria ser a prioridade, mas, sim, os reparos dos erros de execução”, avalia. “Às vezes, os radares até atrapalham, um exemplo é aquele de 40 km/h na curva para entrar na Ponte JK. Todos sabem que frear em curva pode ser pior.” Informações do Correio Braziliense.
Para comparar Brasília com outras cidades brasileiras como Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Recife, por exemplo, foi necessário considerar as vias de perímetro urbano e as rodovias estaduais que cortam as áreas urbanas. Nas demais localidades, há poucas estradas estaduais internas. No DF, as pistas de maior fluxo são administradas pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER). “Aqui, há uma situação peculiar, porque é cidade e estado ao mesmo tempo. As vias são expressas e sem intervenções, como semáforos e quebra-molas. Por isso, o nosso número acaba sendo maior”, explica o superintendente do DER, Murilo de Melo Santos.
O diretor de Policiamento e Fiscalização de Trânsito do Departamento de Trânsito (Detran), Nelson Leite, acredita que ter o maior número de pardais proporcionais no Brasil indica que o trânsito da capital é um dos mais seguros do país. Mesmo assim, admite que nem sempre a melhoria da via vem antes do radar. “Quando ocorre algum problema, o Detran estuda a melhor saída para aquele local, mas às vezes não dá para começar uma obra. Então, a solução pode ser a mais imediata, como colocar um pardal ou uma passarela”, argumenta.
Em 2011, o DER distribuiu 300 mil multas e arrecadou R$ 30 milhões. É desse total que o contrato com a Engebrás, responsável pela instalação e manutenção dos radares do DF, é pago. “A discussão não deve centrar em quanto o estado arrecada, mas nos números: de 2010 para 2011 tivemos sete vítimas a menos nas vias do DF”, comentou Murilo Santos. O contrato assinado entre o DER e a Engebrás custará aos cofres públicos R$ 7,2 milhões anuais, o dobro do que o órgão gastará nos reparos da EPTG, por exemplo, que serão de R$ 3,6 milhões.
Polêmica
Apesar do argumento oficial de que o investimento aumentará a segurança nas pistas, o alto número de controladores de velocidade, além da aquisição de novos equipamentos, divide a opinião dos especialistas e de motoristas e pedestres (leia Povo fala). O pesquisador associado do Centro Interdisciplinar de Pesquisa em Transporte da Universidade de Brasília (UnB) Flávio Dias defende que apenas o aumento de redutores nas pistas não diminuirá as tragédias.
Para ele, os equipamentos são usados no intuito de corrigir problemas de infraestrutura das vias e não para consertar os erros das pistas. “Veja a EPTG (Estrada Parque Taguatinga). Foi entregue cheia de problemas, e a solução encontrada para diminuir os acidentes foi instalar mais pardais. Essa não deveria ser a prioridade, mas, sim, os reparos dos erros de execução”, avalia. “Às vezes, os radares até atrapalham, um exemplo é aquele de 40 km/h na curva para entrar na Ponte JK. Todos sabem que frear em curva pode ser pior.” Informações do Correio Braziliense.
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