BRB informa que prejuízo com operação de compra dos títulos do FCVS impactará em seus lucros

• A sede do BRB em Brasília

  Durante reunião realizada na quinta-feira (12), representantes do BRB informaram aos gerentes gerais das agências que o prejuízo com a compra de títulos do Fundo de Compensação de Variações Salariais (FCVS) pelo banco impactará em seus lucros.
  
  A compra dos títulos do FCVS foi feita na gestão anterior, do presidente Ricardo Vieira, em novembro de 2009, dias antes da abertura da Caixa de Pandora. Incomum e duvidosa pelo mercado, a transação teve valor de face aproximado de R$ 115 milhões, hoje em torno de R$ 130 milhões.
  
  Antes que a compra dos títulos do FCVS se consumasse, o Sindicato denunciou sua realização, entre outras ações, com um ato público no dia 1º de dezembro, que teve ampla divulgação em seus meios de comunicação. Também cobrou, de pronto, reunião com a diretoria do banco, que aconteceu no dia 4 e 7 de dezembro do mesmo ano. À época, o banco era presidido por Ricardo de Barros Vieira, indicado pelo então governador José Roberto Arruda. O Sindicato também foi ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) para obter informações acerca do pedido de investigação dirigido ao Tribunal de Contas do DF.
  
  “A informação de que a compra dos títulos do FCVS impactará nos lucros foi recebida com desconforto pelo corpo funcional da empresa, uma vez que os bancários empreenderam esforços para o cumprimento de metas e desenvolvimento do trabalho ao longo do ano”, afirma a diretora do Sindicato Cida Sousa.
  
  PLR
  
  Na segunda-feira (16), o Sindicato se reunirá com o BRB para discutir o assunto. Na ocasião, os dirigentes sindicais buscarão uma forma de compensação pelo não pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). “Apesar de a operação de compra dos títulos ter ocorrido na gestão do presidente Ricardo Vieira, o Sindicato buscará apuração dos fatos e alternativas para amenizar o prejuízo recaído sobre os funcionários”, ressalta o diretor do Sindicato Cristiano Severo.

  
  
  
  
  Fonte: Sindicato do Bancários de Brasília