Por Lorena Pacheco e Lívio di Araújo - Alguns distritais articulam nos bastidores a ida para o Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF). Mas, pode ser que eles tenham que “tirar o cavalinho da chuva”. O conselheiro Domingos Lamoglia pode voltar ao TCDF e novas vagas só estarão disponíveis a partir do segundo semestre. Nenhuma delas para indicação da Câmara Legislativa.
Pelo menos três distritais já manifestaram interesse de trocar a Câmara pelo TCDF, mesmo que não publicamente. Wasny de Roure (PT), Rôney Nêmer (PMDB) e Dr. Michel (PSL) já articulam, inclusive, os votos dos colegas parlamentares, para garantir a cadeira.
Os deputados contam com o lugar de Lamoglia, afastado desde 11 de dezembro de 2009. Ele é um dos investigados na Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal. Em um vídeo entregue à PF por Durval Barbosa, denunciante do esquema de desvio de dinheiro no governo Arruda, Lamoglia aparece recebendo maços de dinheiro de Barbosa.
O que parece estar esquecido, ou ignorado, é que Domingos Lamoglia não foi indiciado por crime algum. Ele sequer foi denunciado pelo Ministério Público do DF. Responde apenas a um processo administrativo no TCDF. Onde continua, inclusive, recebendo o salário de R$ 22 mil. O conselheiro pode pedir para voltar à Corte a qualquer momento. Nesta hipótese, o TCDF decidiria pelo seu retorno ou pela continuidade de seu afastamento. A outra maneira seria por um pedido de liminar na Justiça, que o TCDF teria que acatar, caso Lamoglia conseguisse o deferimento de seu pedido.
Segundo uma fonte do próprio Tribunal de Contas, Lamoglia “é inocente”. “O Tribunal preza pela presunção da inocência e não houve indiciamento até agora. E ele só pode perder o posto por decisão da Justiça, o cargo é vitalício”, disse. Informações extra-oficiais dão março como a data do retorno do conselheiro Lamoglia ao órgão.
Outra fonte ponderou que o Superior Tribunal de Justiça não pretende se pronunciar sobre o inquérito 650 tão cedo. Nenhum dos envolvidos foi denunciado ainda, incluindo o ex-governador José Roberto Arruda.
Fonte: Jorna Alô
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