PR se firma na base governista

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Partido da República passa a ser presidido pelo deputado federal Ronaldo Fonseca, que tem como meta auxiliar o governo do Distrito Federal e deixar o discurso de oposição de lado. O parlamentar sinaliza que sigla auxiliará Agnelo Queiroz com apoio e projetos

Luis Ricardo Machado
lteixeira@jornalcoletivo.com.br
  Redação Jornal da Comunidade
O Partido da República (PR) trabalhou rápido e colocou fim ao início de incêndio que ameaçava queimar a relação entre a sigla e o governo do Distrito Federal. Após assumir um posicionamento de oposição ao GDF, Izalci Lucas deixa a cadeira de presidente do diretório regional e dá lugar ao deputado federal Ronaldo Fonseca. Em entrevista ao Jornal da Comunidade o novo presidente do PR revela que a sigla se fima na base governista, apoiará o governo com projetos e força política e ainda buscará estreitar os laços com o governador Agnelo Queiroz.
O que levou o senhor a aceitar a missão de presidir o PR?
Sou um deputado federal do partido e também faço parte do diretório nacional, e a sigla entrou em uma crise no DF porque o presidente anterior se posicionou em uma oposição muito ferrenha e radical ao governador. Diante disso, tanto eu quanto alguns nomes do partido entendemos que este não é o momento de abandonarmos o governo, até porque Brasília está precisando de unidade política, não de divisão.
Diante da crise, a executiva nacional teve de intervir?
A executiva nacional foi convidada a resolver o impasse e me colocou na presidência do partido. Assumi esta missão com o objetivo de acabar com este impasse.
Quais são as principais metas do partido?
Eu montei uma executiva partidária. Trouxe o Jofran Frejat que estava fora, o Wilson Lima, que foi presidente da Câmara Legislativa e governador do DF por um período, o deputado distrital Aylton Gomes, além do Bispo Renato, que é o secretário de Estado. Com isso dou um recado da forma que pretendo tocar o partido.
E qual é esta forma?
Eu não quero tocar uma sigla, quero tocar um partido, já que o instrumento para se fazer política, além do mandato, é o partido. A minha intenção é construir um partido que seja democrático, que tenha força política interessante e que ouça a voz do povo. Quero que as pessoas tenham esperança e que o partido leve para frente as teses delas.
O PR está com o governo?
Definitivamente com o governo. As rusgas e problemas anteriores ficaram para trás, mesmo porque sempre trabalhei aliado ao governador. Com a minha vinda à presidência o recado está dado, ou seja, somos base do governo.
Como o PR pode ajudar o GDF?
Primeiro com projetos, que é aquilo que até hoje temos contribuído, e com nomes para ajudar a governar. Como já temos algumas pessoas envolvidas no governo, não buscamos mais espaço. O que queremos é contribuir com projetos para pessoas mais carentes e aproximar o partido daqueles que mais precisam da política.
O ex-deputado Jofran Frejat seria um nome para ocupar um espaço no governo?
Não. O Jofran é um político reconhecido em Brasília e hoje quer contribuir mais partidariamente. Não pretende assumir cargo, mas no PR será uma pessoa muito forte e trabalhará próximo a mim.
Como a experiência dele pode ser aproveitada pelo senhor e pelo próprio PR?
Com a experiência que ele tem, principalmente na área da saúde. Ideias e projetos nesta área serão fundamentais e importantes para o GDF.
Qual o balanço o senhor faz do governo Agnelo?
O governador enfrentou muita dificuldade neste primeiro ano. Sabemos que o primeiro ano de governo é muito difícil e com o Arruda (ex-governador) não foi diferente. Agnelo teve um ingrediente a mais, porque pegou Brasília com a ameaça de intervenção e numa situação caótica no plano administrativo, de gestão pública, e é obvio que isso reflete no executivo.
Isso afetou de que forma?
Como um governador chega e vai começar a trabalhar sem colocar a casa em ordem? Ele fez muita auditoria, várias empresas que foram consideradas inidônias para trabalhar e pegou o governo inclusive inadimplente. Além do mais, alguns aproveitadores da política começaram a atacar o governador sem provas ou fundamentos para poder desestabilizar o governo.
Quais os maiores desafios do GDF para 2012?
O maior deles continua sendo a saúde, apesar que o Agnelo investiu no setor o que outros governadores não investiram. O resultado não vem agora porque a área é mais lenta, mas o grande desafio é viabilizar a saúde para que as pessoas, principalmente as mais carentes, sofram menos e utilizem os aparelhos do Estado para poder resolver seus problemas.
Agnelo teria outro desafio?
Preparar Brasília para a Copa do Mundo. O governador já conseguiu um feito muito bom que foi trazer sete jogos para a capital. Haverá muito investimento e precisamos viabilizar melhorias no trânsito e investimento no Entorno.

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