Usuários reclamam da falta de estrutura nas paradas de ônibus

sábado, 14 de janeiro de 2012
Foto:Clica Brasília
Seja no início ou no fim do dia, as paradas de ônibus estão sempre lotadas. Sair ou voltar para casa é uma luta diária, sem contar com o desconforto, que é grande. Nesse período de chuva, o problema é ainda maior. Estruturas pequenas impossibilitam a permanência de todos os usuários do transporte público embaixo da proteção. Os bancos são insuficientes para tantas pessoas. As paradas estão sujas, pichadas e tomadas de papéis de propaganda. Algumas, de alvenaria, estão mofadas, com infiltrações e correm o risco de desabar. Em alguns pontos não tem abrigo e apenas um placa indica o local de parada.
 Há ainda as diferenças de estruturas. Parte das paradas é de vidro, outras de concreto e algumas não têm qualquer estrutura. A começar pelo Plano Piloto, na parada da 509 Norte. A dona de casa Wesliana Dias de Jesus reclama: “Não tem um pingo de comodidade para os usuários. Se a parada estiver com umas sete pessoas, pelo menos duas vão ficar em pé, porque não cabe todo mundo. Quando chove, molha mais embaixo da parada do que do lado de fora. Somos obrigadas a nos proteger sob o toldo de lojas, isso quando tem alguma loja perto”. Mesmo com o dia sem chuva, o abrigo gotejava. “Depois que chove a água acumula no teto e ai fica pingando na cabeça da gente.”
 Em vários pontos do DF, a parada de ônibus é identificada apenas por uma placa. Sem cobertura, estrutura de proteção, iluminação ou bancos, os passageiros ficam nas calçadas. Na maioria dos casos, não há recuo para o ônibus parar e ele ainda atrapalha o trânsito na via. Na BR-020, sentido Sobradinho,   vários pontos estão nessas condições. Em um deles, a secretária do lar Naiane Sara Pereira, 21 anos, conta que falta estrutura e segurança. “Além da falta do abrigo, não tem uma calçada para esperar o ônibus, ficamos no barro e no mato esperando ele passar.”
A falta da calçada e recuo para o ônibus, ou qualquer estrutura para o passageiro coloca em risco a vida de quem depende do transporte público. Todos se equilibram no meio-fio, ficam na grama, e, quando veem o ônibus, têm de ir até o meio da pista, onde a velocidade é de 80km/h. Ao chegar mais próximo do meio-fio para acenar, Naiane quase foi atropelada.
“Aqui é a única alternativa. A outra parada é longe e morremos de medo de um carro desgovernado nos atingir na beira da pista. E tem ônibus que nem para por ser perigoso e pela falta de sinalização”, disse a moradora Isabel Cristina.
 Iniciativa - Por conta das obras na BR-020, as paradas, que antes estavam no local, foram removidas. Durante seis meses, os moradores foram obrigados a conviver com a falta do abrigo. Desde a retirada, apenas um cercadinho de madeira e britas demarcava a área de espera dos passageiros. Eles contam que o local não tinha segurança e dificultava a vida de todos que usam o ponto, principalmente na época da chuva. “Ficou assim por muito tempo. Todo mundo ficava ao relento e com a chuva era muito pior por conta do barro”, disse o caseiro  Lázaro Ferreira.
Fonte: Clica Brasília

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