por José Seabra*
Se virar ministro, vice será tocador de obras do PMDB
Uma grande costura está recebendo os ajustes finais nas mãos da presidente Dilma Rousseff, do vice Michel Temer e da cúpula do PR. Se o modelo desenhado pelos estilistas responsáveis para selar a paz entre PMDB e PT couber perfeitamente no manequim, o vice-governador do Distrito Federal Tadeu Filippelli trocará o Palácio do Buriti por um gabinete na Esplanada dos Ministérios.
Com cargo, mas sem função no Governo do Distrito Federal, Filippelli, a vingar as negociações que se arrastam há mais de uma semana, será nomeado ministro dos Transportes. O vice de Agnelo é reconhecidamente um grande tocador de obras, embora à sua maneira. A nomeação agrada ao PR do senador Blairo Maggi, que, perdendo os Transportes, receberá de bandeja o Ministério da Agricultura.
Com a decisão de colocar Filippelli no Ministério dos Transportes, a presidente apara as últimas arestas com o PMDB, que tem mostrado insatisfação por comandar áreas sem muita expressão e, principalmente, de cofres vazios. O que não é o caso de quem vai ter a caneta para liberar a construção de rodovias, ferrovias e outros sistemas de mobilidade, inclusive urbana.
Dilma também estará contemplando Brasília com um espaço na Esplanada. A esse respeito recorda-se que a capital da República, pela primeira vez na história recente da política do País, não viu nenhum dos seus ditos moradores virar ministro desde que a presidente assumiu o Palácio do Planalto.
O nome do deputado Luiz Pitiman, ex-secretário de Obras de Agnelo Queiroz, chegou a ser cogitado para o cargo. Porém, houve quem lembrasse que a nomeação fortaleceria muito o grupo do senador Valdir Raupp, presidente do PMDB, e praticamente estaria dando ao deputado, que cumpre seu primeiro mandato, a chancela para disputar o Palácio do Buriti em 2014.
A ida de Filippelli para o Ministério dos Transportes foi o tema de recente encontro no Palácio do Planalto entre Dilma, Temer, Agnelo e o próprio vice, levado pelas mãos do governador. Para que a nomeação seja confirmada, caberá ao senador Blairo Maggi convencer o PR que o partido não sairá perdendo com a troca de pastas. Até porque, de terra onde se plantando tudo dá, o senador do Mato Grosso entende.
Já Agnelo Queiroz respirará mais aliviado. Afinal, é público e notório que Tadeu Filippelli tem sido uma pedra no sapato do governador. O vice pode muito bem licenciar-se do cargo e virar ministro. No caso de algo dar errado, do tipo Dilma acordar de mau humor, ele simplesmente arruma as gavetas e volta para o Buriti. Entretanto, se vencer alguns revezes e ficar na Esplanada até meados de 2014, será um forte candidato à sucessão do seu atual chefe.
Se o convite a Filippeli for formalizado por Dilma, para tomar posse na Esplanada e para evitar futuros questionamentos jurídicos-eleitorais o vice-governador terá de conseguir uma licença da Câmara Legislativa. Neste caso, nas ausências do governador Agnelo Queiroz, o governador interino passa a ser o presidente da própria Câmara. O que aumentaria ainda mais a importância do cargo, e daria uma nova feição à atual disputa pelo futuro comando do Legislativo brasiliense.
* Colaborou Marc Arnoldi
Fonte: NOTIBRAS
Com cargo, mas sem função no Governo do Distrito Federal, Filippelli, a vingar as negociações que se arrastam há mais de uma semana, será nomeado ministro dos Transportes. O vice de Agnelo é reconhecidamente um grande tocador de obras, embora à sua maneira. A nomeação agrada ao PR do senador Blairo Maggi, que, perdendo os Transportes, receberá de bandeja o Ministério da Agricultura.
Com a decisão de colocar Filippelli no Ministério dos Transportes, a presidente apara as últimas arestas com o PMDB, que tem mostrado insatisfação por comandar áreas sem muita expressão e, principalmente, de cofres vazios. O que não é o caso de quem vai ter a caneta para liberar a construção de rodovias, ferrovias e outros sistemas de mobilidade, inclusive urbana.
Dilma também estará contemplando Brasília com um espaço na Esplanada. A esse respeito recorda-se que a capital da República, pela primeira vez na história recente da política do País, não viu nenhum dos seus ditos moradores virar ministro desde que a presidente assumiu o Palácio do Planalto.
O nome do deputado Luiz Pitiman, ex-secretário de Obras de Agnelo Queiroz, chegou a ser cogitado para o cargo. Porém, houve quem lembrasse que a nomeação fortaleceria muito o grupo do senador Valdir Raupp, presidente do PMDB, e praticamente estaria dando ao deputado, que cumpre seu primeiro mandato, a chancela para disputar o Palácio do Buriti em 2014.
A ida de Filippelli para o Ministério dos Transportes foi o tema de recente encontro no Palácio do Planalto entre Dilma, Temer, Agnelo e o próprio vice, levado pelas mãos do governador. Para que a nomeação seja confirmada, caberá ao senador Blairo Maggi convencer o PR que o partido não sairá perdendo com a troca de pastas. Até porque, de terra onde se plantando tudo dá, o senador do Mato Grosso entende.
Já Agnelo Queiroz respirará mais aliviado. Afinal, é público e notório que Tadeu Filippelli tem sido uma pedra no sapato do governador. O vice pode muito bem licenciar-se do cargo e virar ministro. No caso de algo dar errado, do tipo Dilma acordar de mau humor, ele simplesmente arruma as gavetas e volta para o Buriti. Entretanto, se vencer alguns revezes e ficar na Esplanada até meados de 2014, será um forte candidato à sucessão do seu atual chefe.
Se o convite a Filippeli for formalizado por Dilma, para tomar posse na Esplanada e para evitar futuros questionamentos jurídicos-eleitorais o vice-governador terá de conseguir uma licença da Câmara Legislativa. Neste caso, nas ausências do governador Agnelo Queiroz, o governador interino passa a ser o presidente da própria Câmara. O que aumentaria ainda mais a importância do cargo, e daria uma nova feição à atual disputa pelo futuro comando do Legislativo brasiliense.
* Colaborou Marc Arnoldi
Fonte: NOTIBRAS
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