Para ex-secretário, precarização da saúde é intencional

quinta-feira, 22 de março de 2012

Por Elton Santos - Apesar de não exercer mais nenhum cargo político, o ex-secretário de Saúde e deputado federal constituinte, Jofran Frejat, não se aposentou da vida pública. Por enquanto, usa da sua experiência de quatro governos a frente da pasta para alertar e indicar os erros da atual gestão. Ontem (21), Frejat deu seus “pitacos” em entrevista ao jornalista Celso de Marco, no programa Diário Brasil, pela TV Gênesis.
Entre as principais queixas de Frejat está a precarização da área da saúde no Distrito Federal. Segundo o ex-secretário, que também é médico, a decadência nos hospitais é intencional e tem objetivo: a privatização. “São motivos espúrios”, denunciou. E atacou também o que ele chamou de “trabalho organizado para acabar com o Sistema Único de Saúde (SUS)”.
Quando era secretário, Frejat afirmou que o governador Roriz não interferia. Para ele, é essa ingerência política que tem atrapalhado o atual governo. “Deve se fazer política de saúde e não política em saúde”, orientou.
Faculdade de Medicina -- Menina dos olhos de Frejat, a Faculdade de Medicina do Distrito Federal, criada em sua gestão, tem sofrido descaso. Uma reportagem veiculada na Globo na última terça-feira (20), informa que instituição recebeu menos de R$ 40 mil de recursos. Um valor pífio em face do que recebeu em 2009: R$ 700 mil.
De acordo com o ex-parlamentar, a instituição tinha o objetivo de aproximar o profissional da saúde do paciente. “O paciente perdeu a confiança no médico”, lamentou citando como exemplo as diversas vezes em que a pessoa, quando diagnosticado de alguma doença, recorre a outro médico para ter uma confirmação.
No programa, o ex-secretário rebuscou o passado. Citou alguns momentos na Secretaria de Saúde que para ele marcaram sua gestão, como em 2000 quando o DF era um dos líderes em transplantes de rim.
Sua experiência é reconhecida pela oposição. O político afirmou que o próprio governador Agnelo Queiroz esteve em sua casa para convidá-lo a participar de sua gestão. Por questões ideológicas e de alianças, Frejat não aceitou.

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