Wilson Silvestre
Jornal Opção
Calamidade
Desde o momento em que assumiu o governo, dia após dia a administração tem sido de calamidade, sinalizando à sociedade que o problema não é das “gestões do passado”, como declarou ao jornal eletrônico “Brasília 247”. Entre outras pérolas, o ex-comunista disse: “Enfrentamos os inimigos do crescimento de Brasília como cidade-estado, aquela meia dúzia de pessoas que sempre se sentiram donos da capital federal e nada fizeram por ela. Agora, já estamos mostrando a cara do nosso governo”. Logo em seguida anuncia, com pompa, que vai investir mais R$ 1 bilhão em obras e serviços públicos até o final do ano. “Isso é um êxito.” Parece que Agnelo quer fazer história revertendo os indicadores ruins tanto na aprovação de seu governo, quanto no desempenho da economia, estagnada desde a sua posse.
No seu desabafo, ele afirma que assumiu o governo inteiramente desorganizado: “Em verdadeira anarquia administrativa. Só agora a população começa a perceber que nosso primeiro ano foi usado no trabalho de arrumar a casa, mas os resultados já estão aparecendo. Este é um governo de reconstrução e superação”. Esta declaração pode, num futuro próximo, tornar-se uma bomba de 500 quilos sobre o Palácio do Buriti, caso não se confirmem estas previsões otimistas do governador. Se tudo está correndo a mil maravilhas, é bom Agnelo começar a andar entre o povo, em vez de ficar acuado em seu gabinete, cercado de seguranças. Quem tem medo do povo não pode dizer que é o benfeitor dos desvalidos, ensina a sabedoria milenar.
No seu desabafo, ele afirma que assumiu o governo inteiramente desorganizado: “Em verdadeira anarquia administrativa. Só agora a população começa a perceber que nosso primeiro ano foi usado no trabalho de arrumar a casa, mas os resultados já estão aparecendo. Este é um governo de reconstrução e superação”. Esta declaração pode, num futuro próximo, tornar-se uma bomba de 500 quilos sobre o Palácio do Buriti, caso não se confirmem estas previsões otimistas do governador. Se tudo está correndo a mil maravilhas, é bom Agnelo começar a andar entre o povo, em vez de ficar acuado em seu gabinete, cercado de seguranças. Quem tem medo do povo não pode dizer que é o benfeitor dos desvalidos, ensina a sabedoria milenar.
Quando a questão dos reajustes salarial bateu à porta de Agnelo, o outrora opositor ferrenho das “administrações do passado” mudou o tom do discurso e brecou qualquer reajuste salarial este ano. “Não podemos conceder aumento, pois o porcentual do orçamento usado na folha de salários saltou de 46,1% para 46,5%, muito próximo do teto imposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF)”. Agnelo está sentindo, agora, o quanto a máquina pública é difícil de ser manobrada quando se é o manobrista. Mesmo diante de incertezas sobre o futuro, o governador tem dito a seus auxiliares que “agora vamos mostrar serviço”.
Se confirmarem os boatos que circulam na Esplanada dos Ministérios, esta será a última tentativa do Planalto e da cúpula nacional do PT para “salvar Agnelo do naufrágio”. A vinda do secretário da Casa Civil, Swedenberger Barbosa, para o governo é o sinal evidente de que José Dirceu entrou no jogo para tentar arrumar a casa. “Agnelo não estava dando conta de administrar o governo do DF e isto já estava refletindo no partido”, resumiu um deputado federal com bom trânsito junto ao Palácio do Planalto.
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