Festa política para Agnelo

Governador é recebido por cerca de 300 pessoas no aeroporto, a pretexto de comemorar jogos das Copas em Brasília

O governo do Distrito Federal (GDF) parou para receber o governador Agnelo 

Queiroz. Ele desembarcou às 17h30 no aeroporto, vindo de Zurique (Suíça), 

e foi recebido por secretários de Estado, administradores regionais e militantes 

de partidos de esquerda. Banda de música, dançarinas, faixas, apitos, 

bandeiras vermelhas, bonecões e camisetas deram o tom da "festa" organizada 

pelo GDF e pelo PT para recepcionar Agnelo. Cenas que lembravam campanha 

eleitoral.

Entre os secretários estavam o de Educação, Denilson Bento; o de Trabalho, 

Glauco Rojas; o da Juventude, Fernando Nascimento; o de Micro e Pequenas 

Empresas, Dirsomar Chaves; o de Publicidade, Abimael Nunes; o de Esportes, 

Célio René; e o da Casa Civil, Cláudio Monteiro. Os administradores 

regionais compareceram em peso: Messias de Souza (Brasília), Abdon 

Henrique de Araújo (Lago Sul), Adauto Rodrigues (Gama), Márcio Gonçalves 

Ferreira (Santa Maria), Carlos Jales (Taguatinga), Manoel Carneiro (Águas Claras) 

e Bolivar Rocha (Brazlândia). O presidente do PT no DF, deputado federal 

Roberto Policarpo, também foi ao aeroporto, assim como o deputado distrital 

Chico Vigilante (PT).

Policarpo reconheceu que a recepção festiva foi uma demonstração de apoio político 

em meio ao contexto de denúncias envolvendo um suposto esquema de desvio de 

verba do Ministério do Esporte, pasta da qual Agnelo foi titular durante três anos, de 

2003 a 2006. "Tem esse aspecto também de apoio político, mas se não 

houvesse nenhuma denúncia iríamos comemorar do mesmo jeito", afirmou, 

referindo-se aos jogos da Copa do Mundo e da Copa das Confederações que 

ocorrerão em Brasília.

Agnelo, entretanto, comemorou apenas no caminho entre o saguão e o local 

destinado à entrevista. Os jornalistas metralharam o governador com perguntas 

sobre as denúncias, mas ele repetiu que já deixou o ministério há seis anos e 

que suas contas foram aprovadas pelos órgãos fiscalizadores. "Não há 

nenhuma pendência na minha gestão", repetiu.

Agnelo avaliou que o inquérito que está no Supremo Tribunal de Justiça (STJ) será 

uma oportunidade para ele explicar o que aconteceu. "Esse inquérito que está no 

STJ é fruto de denúncias feitas na campanha, que eu desmascarei, feitas por 

um mercenário que recebeu dinheiro para fazer isso contra mim." Questionado sobre 

sua relação com João Dias, o policial militar que está fazendo as denúncias, o 

governador disse apenas que ele foi candidato pelo partido dele à época, o PC do B.

Agnelo se disse muito contente "com a vitória que Brasília teve porque teremos jogos 

do início ao fim da Copa do Mundo e receberemos muitos turistas". Ele avalia que 

Brasília será outra cidade depois da Copa, em termos de economia e de 

desenvolvimento humano. "Vamos atingir vários indicadores como analfabetismo 

zero, cobertura 100% de creches, tempo integral nas escolas, 100% de 

saneamento e banda larga em toda a cidade."

Por Priscila Mesquita_Brasília247

Fonte: Brasília 247