Foto: Renato Perotto

Foi lançada na 
última segunda-feira,14, na Câmara Legislativa, a Frente Parlamentar pela Defesa 
e Promoção da Igualdade Racial. De iniciativa do deputado Professor Israel 
(PDT-DF), o evento contou com a participação de parlamentares, profissionais da 
área de direito, entidades do movimento negro e representantes do GDF e do 
governo federal. Na pauta, formas de combater o racismo e como fazer uma análise 
crítica e propositiva sobre a legislação vigente, bem como a sua 
aplicabilidade.
Para o deputado, o 
Brasil ainda convive com um racismo velado, por isso, covarde. “A criação desta 
frente vem justamente para combater esse mal. Pretendemos tornar o sonho da 
igualdade algo possível”, afirmou.
Um dos objetivos do 
grupo é fiscalizar o cumprimento da lei 10.639, sancionada em janeiro de 2003, 
tornando obrigatório o ensino de história e cultura afro-brasileira nas 
instituições de ensino fundamental e médio da rede pública e particular. A 
primeira ação será encaminhar requerimento à Secretaria de Educação para saber 
em quais escolas essa disciplina já foi implementada.
Israel acredita que 
é preciso combater o principal motor do racismo: a ignorância. “Alguns mitos 
estão arraigados na nossa cultura, como o de que negritude é sinônimo de 
escravidão. E, para desmistificar isso, temos que investir em educação. É na 
escola, com professores bem preparados, que a África será entendida a partir de 
outro ponto de vista”, acredita.
Esteve presente na 
sessão Marina Serafim dos Reis, atendente de um cinema da cidade que foi 
agredida verbalmente por um médico. Ela recebeu, na ocasião, uma moção de 
solidariedade da Casa e afirmou estar feliz por não se sentir sozinha na causa 
contra o racismo. “É muito bom saber que tem muita gente interessada em lutar 
por justiça”, comentou.
Participaram da 
mesa a secretária de Promoção da Igualdade Racial do DF, Josefina Serra dos 
Santos; a coordenadora do Movimento Negro Unificado, Jacira da Silva; o 
vice-presidente da Fundação Cultural Palmares, Martius das Chagas; o delegado da 
5º Delegacia de Polícia, Ailton Rodrigues (um dos responsáveis pelo caso da 
Marina); além de advogados e parlamentares.
Fonte Radio Corredor 
 
 
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