Denunciado por extorsão

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

  • Delegado plantonista preso também é suspeito de estelionato


    O delegado S.B.S., plantonista na 12ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Centro), foi preso dentro da unidade enquanto trabalhava. Ele foi denunciado pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) por extorsão. O policial está preso em uma cela especial no Departamento de Polícia Especializada (DPE) e pode ser expulso da corporação. ...

    Além de extorsão, o delegado responde processo também por estelionato, envolvendo a suposta venda ilegal de um imóvel. Ele era investigado pela Polícia Civil desde o ano passado, quando foi denunciado por envolvimento em um parcelamento irregular de área pública, em Ceilândia.

    Policiais da própria corporação fizeram a investigação. Teriam constatado uma disputa relacionada a uma gleba de terra. A investigação comprovou que o delegado pressionava os ocupantes e exigia dinheiro para não retirá-los da área. Depois da comprovação, a Corregedoria-Geral da Polícia Civil entrou com pedido de prisão preventiva contra S.B.S.. As alegações e as provas convenceram o Ministério Público, que reforçou o pedido ao Judiciário. A prisão preventiva foi decretada segunda-feira.

    A delegada Renata Malafaia, da Divisão de Investigação da Corregedoria, e mais cinco agentes cumpriram a determinação de prender o colega. O delegado-chefe Moisés Martins foi informado por um agente de plantão durante a prisão do subordinado, já que a delegacia ficou sem delegado pela manhã.

    Procurado pela reportagem do Jornal de Brasília, Martins não quis se pronunciar. Limitou-se a dizer que só a Corregedoria ou a Direção-Geral da Polícia Civil estavam autorizadas a comentar o caso. No entanto, a perda, mesmo que temporária do colega, poderá trazer dificuldades para o funcionamento diário da delegacia, por causa no número deficitário de delegados, agentes e escrivães.

    QUADRO
    A 12ª DP tem três delegados no plantão: o chefe, o adjunto e um no cartório. No fim da tarde, o diretor do Departamento de Polícia Circunscricional (DPC) já havia conversado com o diretor-geral e designou outro delegado para substituir S.B.S., e evitar maiores dissabores para Martins.

    A direção da Polícia Civil confirmou a prisão do delegado e admitiu que ele responde outro processo na Justiça comum, sob a acusação de estelionato. “Para a Polícia Civil, a investigação contra um colega é normal como qualquer uma outra pessoa”, diz o diretor-geral da Polícia Civil, Jorge Xavier.

    O dirigente acrescentou que a Corregedoria instaurou dois procedimentos disciplinares contra S.B.S.. Um dos fatos que despertou a atenção da polícia durante a investigação foram os recursos patrimoniais do delegado, que há 13 anos está na instituição. Mesmo que o suspeito seja absolvido na Justiça comum, poderá ser excluído da corporação. “Havia notícia de desvio de conduta desde o início de 2011 e nosso dever é investigar”, afirma o diretor-geral.

    Fonte: Jornal de Brasília - 29/08/2012

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