Por Wilson
Silvestre -- A cúpula do PT nacional emite sinais de que está ficando
complicado limpar a área do governador Agnelo Queiroz. Desde o episódio da
famigerada videoteca de Durval Barbosa, ainda na campanha para chegar ao Buriti
quando Agnelo assistiu parte da coleção do delator, as cabeças pensantes do
petismo nacional tem socorrido Agnelo. “Ele tem sido uma tremenda dor de cabeça
e pode comprometer a estratégia do PT em 2014, ano crucial para ampliarmos nossa
base política, principalmente no Distrito Federal, uma das sedes mais
importantes da Copa do Mundo no Brasil”, confidencia uma fonte próxima ao
Palácio do Planalto. Comenta-se que a presidente Dilma Rousseff jogou a toalha e
entregou o destino de Agnelo para o diretório nacional do PT
administrar.
Com esta nova
descoberta da CPI mista do Cachoeira, de que Agnelo teria pago R$ 7,5 mil ao
policial João Dias Ferreira na mesma época em que o PM ameaçava delatar um
esquema de desvio de recursos em convênios do Ministério do Esporte, o
governador vai para as cordas do ringue. “As transferências — três depósitos de
R$ 2,5 mil — ocorreram nos dias 1º de fevereiro, 4 de março e 31 de março de
2008, na época em que Agnelo era ministro do Esporte”, conforme relata o senador
Álvaro Dias em seu blog.
“Agnelo parece que
perdeu o interesse pelo futuro político dele. Em plena crise política na sua
base de sustentação, acusação no STJ, greve na Polícia Civil e ele, simplesmente
viaja com seus diletos amigos”, desabafa revoltado um militante histórico do PT.
Realmente não dá para compreender a lógica do governador. Se ele realmente pensa
em disputar a reeleição, esta é a hora para tentar passar uma borracha nas
manchas obscuras de seu currículo. Caso contrário, ele entra para a história
política do Distrito Federal pela porta dos fundos. “Que legado Agnelo vai
deixar para as gerações futuras?”, questiona o histórico
militante.
Fonte:
Jornal Opção
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