Com dívida de US$ 1 bi no banco, empresa talves tenha que devolver aviões
A American Airlines (AA) terá de apresentarem fevereiro uma proposta para solucionar suas dívidas, inclusive com o BNDES. A empresa americana, que está em recuperação judicial, tem um financiamento em aberto com valor entre US S900 milhões e USS1 bilhão com o banco brasileiro de fomento devido à compra de aeronaves da Embraer. Nenhuma parcela está atrasada, mas a empresa terá de negociar com todos os credores individualmente. No caso do financiamento do BNDES, não está descartada inclusive a devolução de algumas aeronaves. As parcelas são semestrais, e a proposta de acordo da empresa americana será conhecida antes do próximo vencimento.
O banco informou que foi procurado pela empresa americana após o anúncio de sua recuperação judicial, em novembro. No total, a empresa fez um financiamento de cerca de USS3 bilhões com o BNDES para adquirir 198 aeronaves, informou a edição de ontem do jornal "Valor Econômico". A empresa tem 118 aeronaves Embraer 145 (com 50 assentos), 59 Embraer 140 (44 assentos) e 21 Embraer 135 (37 assentos). Todas são operadas pela American Eagle, companhia aérea regional do grupo. A AA já pagou ao BNDES cerca de US$ 2,1 bilhões por essas aeronaves, que foram entregues entre 1998 e 2002.
BNDES confirma negociação com empresa americana
A empresa não informou se devolverá alguma aeronave, mas. no anúncio de seu pedido de recuperação judicial, em novembro, a AA afirmou que reestruturaria sua frota. Fontes do setor afirmam que a companhia terá de apresentar às autoridades americanas um plano de renegociação de suas dívidas, que montam a quase US$ 30 bilhões. Por isso, ela está discutindo novas condições de pagamento com os credores.
O BNDES apenas confirma a negociação. O banco tradicionalmente financia empresas aéreas que queiram comprar aviões da Embraer. Em geral, o BNDES financia 50% das aeronaves vendidas pela Embraer.
A Embraer, que pode. em uma eventual negociação, receber novamente as aeronaves e repassá-las a outros clientes, afirmou, em nota assinada por Paulo César de Souza e Silva, vice-presidente-executivo para o Mercado de Aviação Comercial, que a reestruturação da AA e sua recuperação podem gerar novos negócios para a fabricante, inclusive de aeronaves maiores, com cerca de cem assentos:
"A American está em reorganização (Capítulo 11). Precisou tomar esta ação porque tinha o maior custo entre as majors e era a única que não havia ainda tomado este caminho. Quando sair do Capítulo 11, deverá ter um custo bem mais baixo, em linha com as demais, e poderá competir e investir deforma a se tornar novamente uma das principais empresas aéreas. Ainda não sabemos ao certo quantas aeronaves regionais permanecerão em sua frota, acreditamos que sejam a maioria. Poderá haver também novas oportunidades de negócios, com jatos maiores, como os E-Jets. Temos que aguardar para saber os planos da AA", informa a nota.
Fonte: Jornal O Globo
Crise da American pode afetar BNDES
quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
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