OAB/DF convoca para a 3ª Marcha Contra a Corrupção
terça-feira, 17 de abril de 2012
A OAB/DF convoca advogados e sociedade para a 3ª Marcha Contra a Corrupção que acontecerá na Esplanada dos Ministérios, no sábado (21/04), com concentração às 10h, no Museu Nacional. A mobilização defenderá temas como o fim do voto secreto parlamentar, a fixação de 10% de recursos da receita bruta da União para a saúde, o julgamento do caso “mensalão” pelo STF e a extensão da Lei da Ficha Limpa para todos os cargos públicos.
A Ordem apoiou as duas primeiras marchas realizadas em 7 de setembro e 12 de outubro do ano passado. A expectativa do Movimento Brasil Contra a Corrupção (MBCC) é de que 50 mil pessoas compareçam à mobilização. O vice-presidente da Seccional, Emens Pereira, uniu-se a liderança do Movimento em reunião na qual foi formalizado o convite ao presidente do Conselho Federal da OAB, Ophir Cavalcante.
“Como cidadãos e advogados, sermos ativistas contra a corrupção é nosso dever e direito. É necessário dar publicidade a esse tema para suscitar a indignação coletiva”, frisou Emens.
Os alarmantes números da corrupção
Dados da organização Transparência Internacional e projeções da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) revelam que o Brasil pode responder por 43% de todo o dinheiro movimentado pela corrupção no mundo. O prejuízo nacional pode alcançar mais de R$ 70 bilhões por ano.
Ainda segundo Emens, “os males da corrupção desembocam na perda de vidas humanas, e as pessoas parecem não enxergar isso. Os números são alarmantes. São cerca de 100 mil mortes anuais por infecção hospitalar, 50 mil por causas relacionadas ao consumo de álcool e 72 mil perdas de vidas pelo crack. Com os R$ 70 bilhões estimados em desvios de dinheiro público, o Estado poderia arcar com o custo anual de mais de 25 milhões de alunos das séries iniciais do ensino fundamental ou construir mais de 1 milhão de casas populares.
A 3ª Marcha Contra a Corrupção também defenderá um tema local: a moralização no GDF, em alusão ao aniversário de 52 anos de Brasília, comemorados na data. “Não podemos deixar o comodismo estagnar nossa nação. O discurso só mudará quando agirmos. Quanto maior nossa omissão, maior o custo da corrupção”, concluiu.
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